Quando ouço a palavra cancro há algo em mim que estremece. Talvez porque já ouvi muitas historias de pessoas que morreram por causa desta doença. Talvez pelos números que nos dizem. Talvez pelo medo dos tratamentos que me parecem tão radicais. O que é certo é que quando a minha irmã me ligou a dizer que o tumor que ela tinha na tiróide era cancro, a minha reacção (depois de desligar o telefone) foi chorar como uma criança a quem lhe tiraram um brinquedo. O brinquedo que me tiraram foi a ilusão que o cancro não iria chegar a minha família mais próxima. Até agora não tínhamos nenhum caso na família. E como a minha irmã disse "parece que o chão nos foge dos pés".
Mas se mais de 1 em cada 3 pessoas poderá ser diagnosticada com cancro (ler mais aqui), porque tanto medo? porque não falar sobre isto?
O medo eu percebo, eu também o tenho. Mas há que respirar fundo e perceber a situação. Cada caso é um caso. E cada estado é um estado. Em diferentes tipo de cancro quando o diagnóstico é feito num estado inicial, as hipóteses de cura são altas. Não subestimo de maneira nenhuma o sofrimento dos doentes de cancro e das suas famílias, mas acho que é melhor falar e enfrentar o medo, do que esconder a cabeça na areia.
Apreendi que quando trazemos os nossos medos para a luz é mais fácil enfrentá-los.
Há muitas coisas na vida que não conseguimos controlar ou prever. Nestes casos, eu entrego essas coisas a quem vê além de mim. Acredito que Deus não tem medo do cancro.
Quanto ao resto, temos fazer a nossa parte. O nosso estilo de vida (alimentação, exercício, stress) contribui bastante para a formação de doenças e para a nossa capacidade de recuperação também.
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| Canada. Foto de Lauren Cassie. |
é mais uma batalha. Mas e bom saber que não estamos sozinhos. Obrigada a todos os que nos tem ajudado a subir esta montanha. Muita coragem e animo é o que desejo a todos os que estão na mesma luta.
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