O ano passado passei o Natal com calor, numa festa de família numa rua mexicana. Apesar do carinho mexicano não me pareceu Natal. Este ano estava desejosa de passar o Natal com a família, a comer bacalhau e filhós. Houve bacalhau, sonhos, filhós e bolo-rei mas o mais importante - a família - não estava completa. Após um mês em casa, a recuperar dos seus dois primeiros meses no hospital, o meu sobrinho passou o seu primeiro Natal no hospital. Ele nem se vai lembrar que passou o seu primeiro Natal, mas para nós não é fácil. Um bebé de 3 meses que já passou por uma cirurgia ao coração e meses no hospital, que já foi picado por dezenas de agulhas, que já recebeu transfusões de sangue... eu nunca passei por nada disto na minha vida. Ele é mais forte do que alguma vez imaginei.
O nosso Natal foi passado com o coração nas mãos mas com fé que as nossas orações de Natal iriam ser ouvidas.
O Natal é aquela altura do ano em que queremos que tudo seja perfeito mas o nosso mundo não é perfeito. Há dezenas de pessoas que não passam o Natal com a sua família e normalmente nem nos lembramos delas. Já decidimos, o próximo Natal a nossa família vai distribuir prendas às crianças que estão nos hospitais ou comida a sem-abrigo.
Relembrei-me de uma lição que aprendi da maneira mais difícil, devemos celebrar todos os momentos que passamos com as pessoas que amamos.
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